Subscribe:

Ads 468x60px

quinta-feira, 31 de maio de 2012

A Importância do Mestre de Harmonia em Sessões Maçônicas.

       A música é uma das sete artes liberais. Tem o dom de preparar o ambiente para a meditação, para o culto espiritual, não só acalma, ameniza, conforta, como pode curar certos tipos nervosos e ajudar na cura de processos orgânicos. Esotericamente, os sons penetram de tal forma no íntimo dos seres humanos que lhes dão Harmonia e Paz.
       Em função do ritmo, da melodia e da mensagem, o inverso é possível, ou seja, a desestabilização emocional, a afloração de sentimentos menos nobres. A Harmonia, em seu sentido mais amplo, é a ciência da combinação dos sons, o que forma os acordes musicais e tem por finalidade a formatação de uma das expressões na criação da Beleza.
       No passado, a Coluna da Harmonia era composta por Irmãos músicos que tocavam, buscando propiciar a harmonia que deve reinar entre os Obreiros e equilibrar as emoções durante os rituais maçônicos. Hoje, os músicos foram substituídos por aparelhagem eletrônica, operada pelo Mestre de Harmonia.

          Os discípulos de Pitágoras estudavam a música como disciplina moral, pois ela atuava no controle dos ímpetos das paixões agressivas e no afloramento dos sentimentos nobres e elevados; por meio da música buscavam desenvolver a união, pois entendiam que ela instruia e purificava a mente, desse modo eliminando, pela audição de melodias suaves e agradáveis, a angústia, anseios frustrados, agressões verbais e stress mental.
          Portanto, em uma reunião Maçônica deve-se tocar a música que melhor traduza os sentimentos dos Irmãos em cada momento do ritual.
Correntes de Irmãos defendem a não programação de músicas de caráter religioso nas sessões ritualísticas, visto o caráter universal da nossa Ordem, evitando assim algum constrangimento de Irmãos que adotam outra religião. Corrente outra, sugere a não execução de músicas cantadas, salvo algumas entoadas por Coral, ou seja, na maioria das vezes deve se utilizar a música instrumental.
           Outra corrente orienta que o fundo musical deve ser ouvido desde o início, quando da sala dos Passos Perdidos, com melodias que elevem os Irmãos aos mais nobres sentimentos, preparando-os para o início dos trabalhos, lugar onde devem estar paramentados e com as suas insígnias. A melodia pode ser de cunho religioso, de câmara, por ser um local onde todos se limpam mental e espiritualmente, deixando para trás as coisas do mundo profano, momentos de introspecção e a conscientização para a entrada no Templo, onde desenrolar-se-á a reunião de grande elevação espiritual.
           Compreendem normas na Maçonaria que suas reuniões se realizem com músicas adequadas e propícias. As músicas são invariavelmente colocadas por hábito, por gosto ou por imitação, dificilmente associando o profundo trabalho de introspecção que é a litúrgica Maçônica a uma trilha sonora que estimule nos instantes de euforia, acalme nos momentos de meditação, espiritualize profundamente nos momentos de abertura e fechamento do Livro da Lei, que seja melodiosa e nos leve à profunda meditação do ato que fazemos quando os Irmãos Mestre de Cerimônias e Hospitaleiro circulam com o Saco de Propostas e o Tronco de Benificência e, viva alegre e, no momento do encerramento.
            A música utilizada tem que ser analisada, em razão da mensagem que se pretende transmitir, como exemplo, deverá causar impressões inesquecíveis na mente do iniciado, pois nestas sessões se transmite a síntese filosófica da Instituição em que se ingressa, pois os ensinamentos seculares que são transmitidos, quando associados a uma música adequada, serão sempre recordados quando da audição de tal melodia. Em função do discorrido, o Mestre de Harmonia deverá desenvolver o entendimento da psicologia da Harmonia na Maçonaria, pois assim auxiliará, influenciando na manutenção do estado de consciência espiritualmente limpa dos Irmãos que adentram ao Templo Sagrado colocando músicas melodiosas e suaves, convidativas à meditação.
             Programando músicas cantadas, porque acha que são bonitas, muitas das vezes não está contribuindo para a Harmonia da sessão e a formação da concentração necessária, pois induz sentimentos outros que levam os Irmãos a fazerem imagens mentais que os tirem da manutenção da egrégora pelo efeito dos sons e do ritmo.
              Por esse motivo, as músicas devem ser de caráter neutro, pois a melodia maçônica deve ser aquela que induza o Irmão a entrar dentro de Si, elevando-se à reflexão do seu Eu, e não propiciando o desvio dos pensamentos de Irmãos para ir ao ambiente externo no qual costumeiramente “aquela” melodia é ouvida.

Trabalho apresentado em Loja pelo Ir.·. Helder Freitas Ap.·.M.·.
            

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A.'.R.'.L.'.S.'. União e Progresso Nº 30


Rito: Escocês. 

Dia de Reunião: Quarta-Feira.

Fundada em 08 de janeiro de 1972.

Av. Dr. Osvaldo Martins, 717 – Planalto Timbaúba


Nova Russas-Ceará – CEP: 62200-000.


Ven.Mestre: Alcebíades Bezerra de Paiva.


Fone: Res.: (88) 3672-6330 – Cel.: (88) 9247-4826.


1º Vigilante: José Airton Teófilo dos Santos.


2º Vigilante: Antonio Filho Araújo Guerreiro.


Email: bdepaiva58@hotmail.com.




História da Grande Loja do Ceará.


          A Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará foi fundada em 19 de março de 1928 por iniciativa das Lojas Deus e Camocim n° 1, Porangaba n° 2 e Fortaleza n° 3.

         Regular de origem, recebeu a Carta Constitutiva n° 9 exarada pelo Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil, com a denominação inicial de Grande Loja Symbolica Escoceza Soberana para o Estado do Ceará
.
        Buscando sempre a obediência aos postulados internacionais de regularidade, na origem e na prática, obteve o reconhecimento de suas co-irmãs do Brasil e das demais congêneres do mundo.

         A seleção de novos iniciados, o estudo filosófico, o cumprimento ritualístico e a participação nos eventos da comunidade maçônica nacional e internacional têm sido uma constante diretriz em seus trabalhos. Fiel ao princípio de Liberdade com responsabilidade defendeu a tese da total autonomia do simbolismo em relação ao filosofismo, o que ensejou a assinatura de tratado de mútuo reconhecimento com o Supremo Conselho, em 1935.
        Mantendo-se coerente aos princípios maçônicos sempre que o estado de direito no país foi ameaçado, defendeu a democracia e o voto universal, livre e secreto. Defendeu, sempre, a unidade das Grandes Lojas do Brasil através de decisões colegiadas e esteve presente em todos os eventos de abrangência nacional e de muitos internacionais.

        Contribuiu com teses de real interesse da maçonaria brasileira, como a “Diretrizes da Atuação Política da Maçonaria no Brasil” -1957- um estudo histórico, filosófico, conjuntural, que define a ação política da Instituição. A tese sobre a criação de “Triângulos Maçônicos”, corpos maçônicos que na região de pouco número de maçons direciona os trabalhos até a criação de uma Loja regularmente constituída, facilitando assim a criação de um grande número de Lojas no País.


         














       

         

terça-feira, 29 de maio de 2012

Maçonaria e Sociedade


          A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a Revolução Francesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras separatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.
         A Revolução Americana (1776) e Revolução Francesa (1789) despertaram nos povos do mundo um sentimento de liberdade nunca antes experimentado.
A divulgação dos direitos do homem e da ideia de um governo republicano inspirou a Maçonaria no Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia absolutista secular. As ideias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espírito dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política. A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade que aceita a afiliação de todos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que seja a sua raça, a sua nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados os adeptos do comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o direito à liberdade individual da autodeterminação.
          Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres das Lojas não podem jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se autorizados por suas assembléias, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos, na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades sociais e culturais.

sábado, 26 de maio de 2012

Eu sou Maçom!

O carro de um vendedor que viajava pelo interior quebrou e conversando com um fazendeiro de um campo próximo eles descobrem que são "irmãos".

O vendedor está preocupado porque ele tem um compromisso importante na cidade local. "não se preocupe, diz o fazendeiro, você pode usar meu carro. Vou chamar um amigo e mandar consertar o carro enquanto você vai ao seu compromisso."

A lá foi o vendedor, e umas duas horas mais tarde ele voltou, mas infelizmente o carro precisava de uma peça que chegará somente no dia seguinte.

"Sem problemas", diz o fazendeiro, "use meu telefone e reprograme seu primeiro compromisso de amanhã, fique conosco hoje, e providenciaremos para que seu carro esteja pronto logo cedo!"

A esposa do fazendeiro preparou uma jantar maravilhoso e eles tomaram um pouco de malte puro em uma noite agradável. O vendedor dormiu profundamente e quando acordou, lá estava seu carro, consertado e pronto para ir. Após um excelente café da manhã, o vendedor agradeceu a ambos pela hospitalidade.

Quando ele e o fazendeiro caminhavam para seu carro, ele se voltou e perguntou "meu irmão, muito obrigado, mas preciso perguntar, você ajudou-me porque sou Maçom?"

"Não", foi a resposta, "Eu ajudei você porque eu sou maçom."

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ser Marçom


Ser Maçom é ser amante da Virtude, da Sabedoria, da Justiça e da Humanidade.


Ser Maçom é ser amigo dos pobres e desgraçados, dos que sofrem, dos que choram, dos que têm fome e sede de Justiça e propor como única norma de conduta o bem de todos e o seu progresso e engrandecimentos.


Ser Maçom é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos e a paz do gênero humano.


Ser Maçom é derramar por todas as partes os esplendores divinos da instrução, educar a inteligência para o bem, conceber os mais belos ideais do Direito, da moralidade e do amor e pratica-los
.
Ser Maçom é levar à pratica aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz, com infinita ternura aos seres humanos, indistintamente, do alto de uma Cruz e com os braços abertos ao mundo: "Amai-vos uns aos outros, formai uma única família, sede todos irmãos" !


Ser Maçom é olvidar ofensas que se nos fazem, ser bom, até mesmo para com nossos adversários e inimigos, não odiar a ninguém, praticar a Virtude constantemente, pagar o mal com o bem. Isto é ser Maçom.


Ser Maçom é Amar a luz e aborrecer as trevas; ser amigo da Ciência e combater a ignorância, render culto a Razão e a Sabedoria. Isto é ser Maçom.


Ser Maçom é praticar a Tolerância, exercer a Caridade, sem distinção de raças, crenças ou opiniões, lutar contra a hipocrisia e o fanatismo. Isto é ser Maçom.


Ser Maçom é realizar, enfim, o sonho áureo da Fraternidade universal entre todos os homens. Isto é ser Maçom.


                                                      União Maçônica

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Conheça a Maçonaria.

O que é a Maçonaria de nossos dias?
A Maçonaria é uma Ordem Universal formada de homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e reunidos com a finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor à Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade e sob a tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, dentro dos princípios da Ordem, da Razão e da Justiça, o mundo alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal.
A Maçonaria não é uma sociedade secreta, no sentido como tal termo é geralmente empregado. Uma sociedade secreta é aquela que tem objetivos secretos e oculta a sua existência assim como as datas e locais de suas sessões. O objetivo e propósito da Maçonaria, suas leis, história e filosofia tem sido divulgados em livros que estão à venda em qualquer livraria. Os únicos segredos que a maçonaria conserva são as cerimônias empregadas na admissão de seus membros e os meios usados pelos Maçons para se conhecerem.
A Maçonaria não é uma religião no sentido de ser uma seita, mas é um culto que une homens de bons costumes. A Maçonaria não promove nenhum dogma que deve ser aceito taticamente por todos, mas inculca nos homens a prática da virtude, não oferecendo panacéias para a redenção de pecados. Seu credo religioso consiste apenas em dois artigos de fé que não foram inventados por homens, mas que se encontram neles instintivamente desde os mais remotos tempos da história: A existência de Deus e a Imortalidade da Alma que tem como corolário a Irmandade dos Homens sob a Paternidade de Deus.
A Maçonaria não é contra qualquer religião. Ela ensina e pratica a tolerância, defendendo o direito do homem praticar a religião de seu agrado. A Maçonaria não dogmatiza as particularidades do credo e da religião. Ela reconhece os benefícios e a bondade assim como a verdade de todas as religiões, combatendo, ao mesmo tempo, as suas inverdades e o fanatismo.
A Maçonaria não é ateísta nem agnóstica. O ateu é aquele que diz não acreditar em Deus enquanto o agnóstico é aquele que não pode afirmar, conscientemente, se Deus existe ou não. Para ser aceito e ingressar na Maçonaria, o candidato deve afirmar a crença em Deus.
A Maçonaria não é um partido político. Ela não tem partido. Em princípio, a maçonaria apóia o amor à Pátria, respeito às leis e à Ordem, propugnando pelo aperfeiçoamento das condições humanas. Os maçons são aconselhados a se tornarem cidadãos exemplares e a se afastarem de movimentos cuja tendência seja a de subverter a paz e a ordem da sociedade, e se tornarem cumpridores das ordens e das leis do País em que estejam vivendo, sem nunca perder o dever de amar o seu próprio país. A maçonaria promove o conceito de que não pode existir direito sem a correspondente prestação de deveres, nem privilégios sem retribuição, assim como privilégios sem responsabilidade.
A Maçonaria não é uma sociedade de auxílios mútuos, ela não garante à ninguém a percepção de uma soma fixa e constante a nenhum de seus membros, na eventualidade de uma desgraça ou calamidade pode reclamar tal auxílio. Entretanto, a Maçonaria se empenha para que nenhum de seus membros sofra necessidades ou seja um peso para os outros. O Maçom necessitado recebe de acordo com as condições e as possibilidades dos demais membros da Ordem.
A Maçonaria nem é uma ideologia, nem um "ismo". Ela não se envolve com as sutilezas da filosofia política, religiosa ou social. Mas, ela reconhece que todos os homens tem uma só origem, participam da mesma natureza e tem a mesma esperança e, por conseguinte, devem trabalhar em união para o mesmo objetivo - a felicidade e bem estar da sociedade.
A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de formas simbólicas dos antigos construtores de templos, voluntariamente se uniram para o propósito comum de se aperfeiçoarem na sociedade. Admitindo em seu seio, homens de caráter, sem consideração à sua raça, cor ou credo, a Maçonaria se esforça para constituir uma liga internacional de homens dedicados a viverem em paz, harmonia e afeição fraternal.
A missão da Maçonaria é a de "fazer amigos, aperfeiçoar suas vidas, dedicar-se às boas obras, promover a verdade e reconhecer seus semelhantes como homens e irmãos".
A missão da Maçonaria ainda é a prática das virtudes e da caridade, é confortar os infelizes, não voltar as costas à miséria, restaurar a paz de espírito e a paz aos desamparados e dar novas esperanças aos desesperançados.
A Maçonaria não "convida" ninguém, mesmo aos mais qualificados para se tornarem um membro da Ordem. Aquele que deseja entrar para ela, deve manifestar esse desejo espontaneamente, declarando que livre e conscientemente deseja participar dela.
A Maçonaria não prende nenhum homem a juramentos incompatíveis com sua consciência ou liberdade de pensar.
Tendo evoluído da Maçonaria Operativa que erguia templos no período da construção de catedrais, a Maçonaria adotou a antiga regulamentação que provia o seguinte: "As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios virtuosos, nascidos livres de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral.
A regularidade da maçonaria se deve ao fato de se ater aos seus princípios básicos e imutáveis regidos por mandamentos, entre os quais se inclui o que acima se disse.
Os lugares onde os maçons se reúnem são chamados de templos porque, embora não sendo uma religião ou reunindo-se em uma igreja, a Maçonaria preserva religiosamente os direitos de cada indivíduo praticar a religião ou credo de sua preferência, mantendo-se eqüidistante das diferentes seitas ou credos. Ela ensina a todos como respeitar e tolerar as religiões diversas de seus membros.
Nem mesmo em um país como os Estados Unidos que agora se compõe de 50 Estados e conta com cerca de 4 milhões de Maçons, obedece a Maçonaria a uma autoridade suprema. A Maçonaria em cada País ou em cada Estado de uma Federação é regulada e dirigida por uma Grande Loja independente e soberana.

Regularização da ARLS União, Paz e Liberdade Hidrolandense Nº143.



MÚSICA ACÁCIA AMARELA .

 ACÁCIA AMARELA

           “Ela é tão linda é tão bela, aquela acácia amarela que a minha casa tem, aquela casa direita, que é tão justa e perfeita, onde eu me sinto tão bem. Sou um feliz operário, onde aumento de salário, não tem luta nem discórdia, ali o mal é submerso, o Grande Arquiteto do Universo, é harmonia, é concórdia. É harmonia, é concórdia".“Acácia Amarela” foi gravada em 1982 em homenagem à maçonaria, composta pelos maçons Luiz Gonzaga Nascimento e Orlando Silveira Oliveira Silva. Luiz Gonzaga, um dos baluartes da música popular brasileira, nascido em 13 de dezembro de 1912, na fazenda Caiçara, município de Exu, sertão de Pernambuco, filho de Januário, lavrador e sanfoneiro e de dona Santana, iniciou na Loja Maçônica “Paranapuã”, sediada na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, em 03 de abril de 1971. Faleceu em 02 de agosto de 1989, com 77 anos. Orlando Silveira Oliveira Silva, nascido em 27 de maio de 1925, formado em Direito, regente, arranjador, compositor e acordeonista, com prêmio internacional de arranjo, foi recebido na Loja Maçônica “Adonai”, Rio de Janeiro, em março de 1974.
             O Rei do Baião elaborou a letra e o tema musical, com sugestões e harmonização de Orlando Silveira, música incluída no CD “O eterno cantador”, com arranjo de Orlando Silveira e vocal de Luiz Gonzaga. É uma composição que identifica e retrata uma loja maçônica, (aquela casa direita que é tão justa e perfeita, onde eu me sinto tão bem). A inspiração poética acontece fortemente quando enfoca a árvore acácia amarela e sua casa (loja maçônica), concluindo, (ela é tão linda e tão bela, aquela acácia amarela que a minha casa tem).Na sequência traz para seu texto profundamente representativo e simbólico, o maçom como operário, como pedreiro, como construtor de um mundo novo, tolerante e pacificador, que no seu progresso espiritual como pessoa e ser humano recebe o aumento de salário, (sou um feliz operário, onde o aumento do salário não tem luta nem discórdia). Para concluir busca Deus, que é o grande construtor do mundo, para nós maçons, Grande Arquiteto do Universo, finalizando uma das mais belas poesias e página musical da literatura brasileira, reafirmando que na loja maçônica o mal é submerso, com harmonia e concórdia, (ali o mal é submerso, o Grande Arquiteto do Universo, é harmonia e concórdia. É harmonia e concórdia).No decorrer de sua vida, Luiz Gonzaga simbolizou o que melhor se tem da música nordestina, representada pela sanfona e o chapéu de couro. O velho Lua, como também era chamado, teve uma carreira consolidada e reconhecida, com seu som agreste atravessando barreiras e apreciado pelo povo, que expressava através de sua voz suas dores e seus amores.
             Foi a representação da alma de um povo, alma do nordeste, cantando sua história, com simplicidade e dignidade.A acácia é uma árvore leguminosa de madeira dura. Algumas espécies produzem goma-arábica e outras fornecem fruto comestível, tanino e madeira de grande valor. Todas produzem flores perfumadas brancas ou amarelas, sendo muito utilizadas como adorno. Existem quase 400 variedades presentes no mundo todo, como árvore universal.No Egito as acácias eram árvores sagradas e tinham um nome hieroglífico de “shen”. Para a fraternidade Rosa Cruz, a acácia foi a madeira usada na confecção da cruz em que Jesus foi executado.Segundo tabernáculo hebraico, eram feitos de madeira de acácia, a Arca da Aliança (Êxodo, 25-10), a mesa dos pães propiciais (Êxodo, 25-23) e o altar dos holocaustos (Êxodo, 27-1).É planta símbolo por excelência da maçonaria, representando segurança, clareza, inocência e pureza, para uma nova vida e ressurreição para uma vida futura. Os povos antigos tiveram respeito extremado pela acácia, chegando a ser considerada um símbolo solar porque suas folhas se abrem com a luz do sol do amanhecer e fecham-se ao ocaso. Entre os árabes, na antiga Numídia, seu nome era houza e acredita-se ser a origem de nossa palavra maçônica “huzze”Na Bíblia, algumas afirmativas “Farás o altar de madeira de acácia; farão uma arca de madeira de acácia; farás uma mesa de madeira de cetim.” A Bíblia é rica de alusões do uso da madeira de acácia, dando para ela usos sagrados. Moisés, a pedido do Senhor, ordenou seu povo enquanto descansava no deserto ao pé do Sinai, que usassem a acácia na fabricação do tabernáculo e dos móveis nele usados, a Arca da Aliança, mesa dos pães da proposição, os adornos e outros.Do maçom, que conhece a Acácia é esperada uma conduta pura e sem máculas. Estima-se que em 1937 a acácia nasce em nosso simbolismo, sendo a consciência da vida eterna. O galho verde no mistério da morte é o emblema do zelo ardente que o maçom deve ter pela verdade e a justiça, no meio dos homens corruptos que se traem uns aos outros.