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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO.



Como principal mensagem de Natal e Ano Novo, a conceituada Loja Maçônica União e Progresso Nº30, transmite a todos os seus integrantes e, a comunidade de uma maneira em geral,o desejo da solidificação da Paz, da Irmandade, da Fraternidade e,do bom acolhimento entre todas as pessoas, constituindo, portanto, a edificação de um mundo melhor de se viver !!!
Em conformidade com o pensamento dos integrantes da citada loja, a chegada do referenciado período de Natal e Ano Novo, deve servir como um ponto de reflexão entre as pessoas, no sentido de se encontrar uma solução voltada, pelo menos, para a diminuição dos crescente índices de violência que se abatem sobre o tecido social como um todo, gerando, muitas vezes, "situação inaceitável e inconcebível".Para se encontrar uma cabível solução voltada a resolução de todo esse dilema, só existe uma solução, que é a irmandade do pensamento de todos, independentemente de posições partidárias, abraçando-se assim, os princípios de Fraternidade,Igualdade,Liberdade, entre as pessoas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O que e ser Maçom?


1. É subir a Escada de Jacó pelas Iniciações da Vida sem ferir os Irmãos neste percurso 
2. É realizar o sonho de desbastar pelo pensamento e pelas ações as arestas dos vícios e da insensatez;
3. É socorrer o Irmão nas dificuldades, chorar com ele as suas angústias e saber comemorar a seu lado as suas vitórias; 
4. E reconhecer nas viúvas e nos órfãos a continuidade do Irmão que partiu para o Oriente Eterno; 
5. É ver na filha do Irmão a sua filha e na esposa do Irmão, sua própria Irmã, Mãe ou Filha;
6. É combater o fanatismo e a superstição sem o açoite da guerra mas com a insistência da palavra sã; 7. É Ser modelo da eterna e universal justiça para que todos possam concorrer para a felicidade comum; 
8. É saber conservar o bom senso e a calma quando outros o acusam e o caluniam; 
9. É ser capaz de apostar na sua coragem para servir aqueles que o ladeiam, mesmo que lhe falte o próprio sustento; 
10.É saber falar ao povo com dignidade ou de estar com reis e presidentes em palácios sumptuosos e conservar-se o mesmo;
11. É ser religioso e político respeitando o direito da religião do outro e da política oposta à sua;
12. É permitir e facilitar o desenvolvimento pleno das concorrências para que todos tenham as mesmas oportunidades; 
13. É saber mostrar ao mundo que nossa Ordem não é uma Sociedade deAuxílios Mútuos; .
14. É estar dominado pelo princípio maior da TOLERÂNCIA suportando as rivalidades sem participar de guerras; 
15. É abrir para si e permitir que outros vejam e sigam, o Caminho do
Conhecimento e da Iniciação; 
16. É conformar-se com suas posses sem depositar inveja nos mais abastados;
17. É absorver o sacerdócio do Iniciado pela fé no Criador, pela esperança no melhoramento do homem e pela caridade que abrir-se-á em cada coração; 
18. É sentir a realidade da vida nos Sagrados Símbolos da Instituição; 
19. É exaltar tudo o que une e repudiar tudo o que divide; 
20. É ser obreiro de paz e união, trabalhando com afinco para manter o equilíbrio exato entre a razão e o coração; 
21. É promover o bem e exercitar a beneficência, sem proclamar-se doador;
22. É lutar pela FRATERNIDADE, praticar a TOLERÂNCIA e cultivar-se integrado numa só família, cujos membros estejam envoltos pelo AMOR; 
23. É procurar inteirar-se da verdade antes de arremeter-se com ferocidade Contra aqueles que julga opositores;
24. É esquivar-se das falsidades inverossímeis, das mentiras grosseiras e das bajulações humanas; 
25. É ajudar, amar, proteger, defender e ensinar a todos os Irmãos que Necessitem, sem procurar inteirar-se do seu Rito, da sua Obediência, da sua Religião ou do seu Partido Político; 
26. É ser bom, leal, generoso e feliz, amar a Deus sem temor ao castigo ou por interesse à recompensa;
27. E manter-se humilde no instante da doação e grandioso quando necessitar receber;
28. aprimorar-se moralmente e aperfeiçoar o seu espírito para poder unir-se aos seus semelhantes com laços fraternais;
29. É saber ser aluno de uma Escola de Virtudes, e Amor, de Lealdade, de Justiça, de Liberdade e de Tolerância; .
30. É buscar a Verdade onde ela se encontre e por mais dura que possa parecer;
31. É permanecer livre respeitando os limites que o separam da liberdade do outro;
32. É saber usar a Lei na mão esquerda, a Espada na mão direita e o Perdão à frente de ambas; .
33. É procurar amar o próximo, mesmo que ele esteja distante, como se fosse a si mesmo. 

"Ninguém pode ser reconhecido como Maçom enquanto continuar servo das suas paixões, escravo das suas crenças e cego pelos bens deste mundo."

 Jean Mourgues
                                            
Trabalho apresentado pelo Ir.´. Gonzaga Mourão em homenagem ao dia do Maçom.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Maçons são homenageados em sessão solene na AL

A Assembleia Legislativa do Ceará lembrou, durante sessão solene realizada na tarde desta quinta-feira (20/08), no Plenário 13 de Maio, o Dia Nacional do Maçom, comemorado hoje. A solenidade foi presidida pelo primeiro secretário da Casa e autor do requerimento que originou a homenagem, deputado Sérgio Aguiar (Pros). O parlamentar destacou a importância da instituição para a história do Brasil e disse que os princípios maçônicos deveriam ser espalhados pelo mundo.  
“A busca pelo aperfeiçoamento intelectual e social do homem e o amor ao próximo regem a maçonaria. É uma honra poder reconhecer essa sociedade, tão marcante na história do nosso País. Que a tolerância, a filantropia e a justiça espalhem-se por todos os países do mundo”, ressaltou.

Oito placas alusivas à data foram entregues durante a solenidade. Entre os homenageados estavam José Wandelerley Costa, grão-mestre do Grande Oriente do Ceará; Sílvio de Paiva Ribeiro, grão-mestre da Grande Loja do Estado do Ceará; Roberto Araújo, grão-mestre do Grande Oriente do Brasil/Ceará; Etevaldo Barcelos Fontenele, grão-mestre de Honra da Grande Loja do Estado do Ceará e secretário-geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil.

O grão-mestre de honra do Grande Oriente do Brasil/Ceará, José Anízio de Araújo; o grão-mestre adjunto de honra da Grande Loja do Estado do Ceará, general Francisco Batista Torres de Melo; o mestre instalado da Loja Maçônica de Camocim, Edilson Veras Coelho, e o mestre de honra da Loja Experiência e Sabedoria nº 115, Joaquim Soares Parente, também receberam a comenda. 

Emocionado, o grão-mestre do Grande Oriente do Brasil/Ceará, Roberto Rocha Araújo, afirmou que o evento é um reconhecimento por tudo que a maçonaria fez e faz pela República. Ele lembrou a contribuição que a instituição tem dado principalmente no viés político. “A Lei da Ficha Limpa é de autoria de um juiz de direito que pertence aos quadros maçônicos. Nós estamos diante de uma crise que passa por um viés político, que é a questão da corrupção. Isso nos preocupa e, por isso, nós estamos vigilantes sobre os atos dos poderes constituídos”, disse.

Para o grão-mestre da Grande Loja do Estado do Ceará, Sílvio de Paiva Ribeiro, a maçonaria, apesar de ser uma instituição progressista que evolui com a sociedade, mantém o seu tradicionalismo e preceitos. “A maçonaria consegue aliar o antigo, que é a base da tradição, a tudo aquilo que evolui com seu natural dinamismo”, afirmou.

A maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Seus membros cultivam a ausência de diferença de classes sociais, humanidade, os princípios da liberdade, democracia, igualdade e fraternidade.

Existem, no mundo, aproximadamente seis milhões de integrantes espalhados pelos cinco continentes. No Brasil, são aproximadamente 150 mil maçons e 4,7 mil lojas.

O evento foi prestigiado pelos deputados Walter Cavalcante (PMDB) e Audic Mota (PMDB), além de representantes de diversas lojas maçônicas do Ceará.
DF/JU

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Trabalho sobre a primeira instrução.

Amados irmãos, é com muita alegria que apresento meu primeiro trabalho nesta augusta loja. 
Resolvi fundamentá-lo na primeira instrução pela riqueza do seu simbolismo e pela grandiosa importância que esta primeira instrução representa, principalmente aos Aprendizes.
Como fonte de pesquisa, utilizei-me do próprio Ritual de Aprendizes do Rito Escocês Antigo e Aceito, verdadeiro manancial de informações que se encontra muito próximo de nós. 
A Maçonaria, tendo origem nas antigas Fraternidades Iniciáticas do Egito, tratou de guardar com cuidado as técnicas de ensinamentos utilizadas por aquele povo, o qual utilizava de alegorias e de símbolos para transmitir seus conhecimentos; tornando-os, dessa forma, acessíveis aos iniciados e ocultos aos profanos.
Desse modo, podemos dizer que um dos principais legados que a Maçonaria absolveu das Fraternidades Iniciáticas do Egito foi a utilização de símbolos e alegorias em suas oficinas, fato que facilita o aprendizado pela profundeza e pela extensão de seu significado.
Nesse sentido, essa milenar instituição apresenta como roteiro a ser seguido para o aprendizado intelectual e engrandecimento espiritual, uma série de painéis simbólicos, cinco no grau de aprendiz; cada um com uma lição e aprofundamento escalonado próprio, cujos propósitos visam à construção bloco a bloco de nosso próprio templo interior, através do engrandecimento espiritual, obtido com a absorção da moral maçônica.
No primeiro painel simbólico, o neófito se reconhece como uma pedra embrutecida pelas asperezas dos defeitos morais próprios da humanidade. Nessa qualidade, sente a necessidade de reparar as arestas de suas imperfeições através da lapidação de seus valores por meio do trabalho e da fé. Assim, dá a sua alma embrutecida, no decorrer de sua vida maçônica, a imagem resplandecente de uma pedra polida e perfeita.
À semelhança dos primeiros templos erigidos para a devoção ao G:.A:.D:.U:. de que se tem notícia, quais sejam: o Tabernáculo e o Templo do Rei Salomão, cujas arquiteturas foram inspiradas pelo próprio Deus; a loja maçônica se apresenta na forma de um retângulo, orientado em seu cumprimento de leste a oeste e em sua largura de norte a sul.
De leste a oeste por que é nesse sentido vetorial que o astro rei, representando a Glória do Senhor, descreve sua trajetória no céu; também por que foi nesse sentido que vieram as grandes civilizações e as ciências; assim também por que foi desse mesmo sentido que se espalhou pela terra a doutrina do amor e da fraternidade, através de nosso mestre e irmão Jesus Cristo.
O templo maçônico representa dimensões universais, à medida em que seus sublimes ensinamentos perparsam a superfície e atingem o centro da terra, ou seja, os locais mais remotos do planeta, chegando a ecoar seus augustos mistérios até os ceus. 
Esse magnífico templo tem como sustentáculo três pilares, a saber: uma coluna Jônica representativa do Rei Salomão, a qual simboliza a Sabedoria criadora que nos orienta nos caminhos da vida; uma coluna Dórica, representativa de Hiran, rei de Tiro, simbolo da Força que nos sustenta e nos anima nas dificuldades e uma coluna Corintia, representativa de Hiran-Abiff, simbolizando a Beleza que adorna o nosso caráter e o nosso espírito.
No teto da loja maçônica encontramos desenhado em cores vibrantes o Céu e seus principais astros. Ele representa o infinito e o caminho a ser trilhado pelo maçom na busca pela perfeição. Ele será alcançado se subirmos os diversos degraus da escada de Jacó, os quais representam as virtudes como a Fé no G:.A:.D:.U:., a Esperança no aperfeiçoamento moral e a Caridade para com a humanidade. Nessa escada, considera-se como primeiro degrau vencido a decisão de se tornar aprendiz de maçom.
Símbolos de elevada importância filosófica em uma loja são os Ornamentos (representados pelo: Pavimento de mosaico, pela Estrela flamígera e pela Orla Dentada); os Paramentos (representados pelo L:. da L:., pelo Comp:. e pelo Esq:.) e as Joias da loja. 
No que se refere aos Ornamentos, o Pavimento de mosaico formado com losangos brancos e pretos representa as diversas religiões, as diferentes raças e os mais variados antagonismos que pode ostentar o gênero humano, por meio dele compreendemos que os opostos se complementam harmoniosamente fazendo parte de um todo universal. Dessa forma, o Pavimento de mosaico nos dá a lição de tolerância e respeito aos opostos.
A Estrela flamígera, por sua vez, representa o Sol, a principal luz da loja. Ela reflete a glória do Criador e a principal virtude que o verdadeiro maçom deve ostentar: a Caridade. 
A Orla Dentada nos faz lembrar a lei da atração natural que a tudo une. Representativa do amor, Ela faz congregar as famílias em torno dos pais, os astros em torno do Sol, as nações em torno de seus líderes e os maçons em torno de suas lojas.
No que diz respeito aos Paramentos, o L:. da L:. representa a filosofia ou o código de moral que cada um de nós seguimos por meio da fé que nos guia e vivifica.
O Comp:. e o Esq:. sobre o L:. da L:. representam respectivamente a medida justa e a retidão. São irmãos inseparáveis da justiça e são refletidos nas ações do verdadeiro maçom. 
Porém, é importante que se diga que o aprendiz somente será justo em suas ações, utilizando perfeitamente o Comp:. da justiça, depois que desbastar, esquadrejar e polir as asperezas de sua alma, a qual se encontra em estado natural. Essas asperezas e imperfeições são representas pela Pedra Bruta, razão pela qual as pernas do compasso, representando a medida justa, ficam ocultas sob o Esq:.
As Jóias da loja são seis, sendo três móveis e três fixas.
As três Jóias móveis, o Esq:., o P:. e o N:., levam essa denominação devido a sua rotatividade entre os mestres todo os anos, por ocasião da transferência dos cargos administrativos aos novos VVen:. e VVig:. 
As três Joias fixas são assim chamadas porque permanecem imóveis em loja, a fim de serem observadas. Também servem para auxiliar na compreensão dos deveres do maçom, são elas: a Pt:. da L:., (que representa o dirigismo no aprendizado traçado pelo Mestr:.) a P:. B:. (nela trabalham os AApr:. desbastando-a esquadrejando-a e polindo-a, sob a batuta do Mesr:.) e a P:. P:. ou C:. (esta serve de modelo para os OObr:. experientes ajustarem suas Joias.
Desse modo, a Pt:. da L:. está para o traçado objetivo na formação do Apr:. assim como o L:. da L:. está para o aperfeiçoamento espiritual, o qual deve ser alcançado degrau a degrau subindo na Escada de Jacó, através do desbastamento de nossas imperfeições tais como o egoísmo, a ambição, o orgulho e demais paixões humanas.
Nesse sentido, a P:. P:. ou C:. representa a verdadeira transformação interior refletida na aplicação da piedade e das virtudes que poderão ser medidas pelo Esq:. da palavra divina e pelo Comp:. de nossas consciências no final de nossas vidas.
Nas Lojas Maçônicas Regulares, Justas e Perfeitas existe um ponto dentro de um circ:. o qual não pode ser transposto por um verdadeiro maçom. Este circ:. é limitado ao norte e ao sul por duas linhas paralelas que representam Moisés e o rei Salomão. Acima do referido circ:. fica o L:. da L:. o qual sustenta a Escada de Jacó, cujo pico toca os Céus.
Por fim, as quatro borlas posicionadas nos quatro cantos da loja nos lembram das quatro virtudes: Temperança, Justiça, Coragem e Prudência praticadas por nossos irmãos desde o alvorecer da maçonaria. Dessa forma, as características de um bom maçom deve ser: virtude, honra e bondade.
Amados irmãos, termino meu singelo trabalho agradecendo a atenção de todos e pedindo ao G:. A:. D:. U:. que nos oriente na batalha contra nossas imperfeições.

Nova Russas-CE, 20 de maio de 2015.
Everaldo Barroso de Sousa- C:. M:.

terça-feira, 28 de abril de 2015

A Loja União e Progresso inicia 5 novos Irmãos

     
No dia 25 de Março de 2015 a Loja Maçônica União e Progresso Nº 30, numa sessão harmônica,dirigida pelo Venerável Mestre Francisco Gerardo do Nascimento,realizou concorrida Cerimônia Magna de Iniciação dos candidatos:José Maria Basílio Sousa, Éderson Ferreira Nunes,Paulo Emanuel Azevedo Farias,Michael Alberto Oliveira Sousa e Francisco Ítalo Araújo Brito. A Sessão início ás 16:00,e contou com a presença do Grande Delegado Eliézio Martins Leitão 12ºDistrito, e do 7ºDistrito Antônio Melo Sampaio, além da presença do Venerável Mestre da Loja Deus e Família Taboense Nº96 Luiz Mesquita que veio com sua comitiva, e um grande número de Irmãos de outros Orientes.Logo após a cerimônia foi organizado um Àgape Fraternal com um belíssimo jantar no Grêmio Recreativo Novarussense, e contou com a presença de irmãos, cunhadas, sobrinhos e amigos.Com certeza a Maçonaria ganha muito com os novos irmãos, jovens vitoriosos em suas carreiras.







quinta-feira, 16 de abril de 2015

Convite de Iniciação.

A A.·. R.·. L.·. S.·. União e Progresso Nº 30, honrosa e prazerosamente vos convida a participar da SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO de 05 Profanos, que se realizará no dia 25 de Abril de 2015, com início às 16h00min no Templo próprio, sito a Av.Dr.Osvaldo Martins Nº717, Nova Russas-Ce.
Contamos com a vossa digníssima presença para o fortalecimento das nossas colunas, para maior honra, beleza e êxito do evento.
Que o G.·. A.·. D.·. U.·. vos abençoe, ilumine e guarde bem como os seus entes queridos.
Um tríplice e fraternal abraço,
Francisco Gerardo do Nascimento
Venerável Mestre.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

PARA MEDITAR!

Empreguei todos os esforços na construção do meu templo. Com altivez fiz o traçado de seu desenho. Com a força da alavanca removi os pesados obstáculos do caminho: Retirei pedras, arvores e desviei cursos d'água. Com o esquadro tracei perpendiculares, com o prumo ergui as colunas, com a régua alinhei as paredes, dividi o tempo e na minha prancha anotei todos os cálculos.

Ao ver meu irmão tentando construir seu próprio santuário, ofereci-lhe meus instrumentos; já que considerava meu prédio como um ótimo modelo. Além do mais, considerei que minhas ferramentas seriam ideais; haja vista terem sido bem utilizadas na minha suntuosa construção.

Ao término de seu empreendimento, percebi que o templo do meu irmão havia sido mal construído. Seu traçado revelava caminhos tortuosos; a alavanca havia sido utilizada com força irracional, eis que foram removidos obstáculos desnecessários; As perpendiculares haviam sido mal traçadas; As colunas apresentavam inclinação; As paredes revelavam lombadas e o tempo despendido na edificação do seu prédio estava em descompasso com o meu projeto.

Chamei meu irmão e sem reservas passei a comentar:

- Irmão, se você não percebeu, seu templo foi mal construído. Veja: O projeto apresenta linhas sinuosas; Você removeu pedras que poderiam adornar seu templo; Aquele regato poderia trazer arrefecimento ao prédio; Olha você não utilizou bem o esquadro; As perpendiculares não formam ângulos de 90°; As colunas de sustentação estão inclinadas; Suas paredes apresentam relevos indesculpáveis; Além do mais, o tempo despendido na obra está fora do projeto. Sinto muito, mas seu templo vai ruir.

Desapontado meu confrade respondeu:

- Irmão, não sei o que deu errado. Utilizei os instrumentos, as fórmulas e o modelo que você me deu, tudo do jeito que você utilizou na construção do seu templo. Veja bem, com seu esquadro tracei as linhas; Com sua régua tirei as diferenças; Com o seu compasso tracei as distâncias; Com o seu prumo alinhei as paredes; Com a sua a alavanca removi tudo o que tinha pela frente; Bati no sinzel com o malhete e quebrei as pedras do meu alicerce. Segui rigorosamente o seu exemplo, isto é, o seu projeto ideal.

Retruquei imediatamente dizendo:

- Isto não é possível, vamos verificar o material.

Para minha surpresa, percebi que meu templo era exatamente igual ao do meu irmão, isto é, também apresentava os mesmos defeitos. Corri e verifiquei as ferramentas, pois aquilo não poderia ser possível.

Fiquei estarrecido. Meu esquadro não formava um ângulo de 90°; Meu prumo não tinha sido aferido; Minha régua apresentava variações; A estupidez da minha alavanca premia força desnecessária na remoção dos obstáculos; Meu sinzel não foi forte suficiente para desbastar a pedra bruta. Corri e peguei a prancha, verifiquei que meu projeto estava em descompasso com o tempo necessário para a construção de um edifício maduro e perfeito.

Foi então que percebi que no cimento místico, a humildade havia sido substituída pelo orgulho, pela vaidade e pelo egoísmo. Verifiquei que às vezes não damos conta de que nosso próprio edifício não constitui o melhor modelo para os outros. 

Compreendi que cada santuário requer seu cronograma individual; Que o obreiro deve aferir constantemente seus instrumentos, pois eles estão sujeitos ao desgaste erosivo causado pelo tempo; Que nem todos os obstáculos devem ser removidos, pois às vezes é preciso seguir o exemplo dos rios, que não precisam remover todas as pedras do seu caminho para tingir seu objetivo; Que as dificuldades existem para orientar o caminho e o aprendizado de cada um; Que nem sempre servimos de exemplo para a edificação dos outros. 

Feitas estas observações, fui pego pelo desanimo e pelo desgosto. E quando a tristeza quis tomar conta de mim, percebi que aquela arvore que havia sido arrancada impiedosamente renasceu mais forte, mais bela e mais frondosa.

Foi ai que compreendi o quanto temos em comum com as arvores. Elas não morrem quando são arrancadas. Na verdade, elas se eternizam através de suas sementes, renascendo sucessivamente mais fortes e bonitas, por tempos indefinidos. 

Observei que fazemos parte do processo natural de desconstrução e de construção uns dos outros, sem que isso se constitua em mérito ou demérito para alguém, pois tudo faz parte do mesmo plano divino de aprendizagem para o alcance da perfeição. 

De ante disso, é preciso compreender que somos protagonistas de uma guerra espiritual, na qual cada batalha é travada contra nós mesmos e que as armas a serem utilizadas são o amor, a caridade e a humildade.

Nesse entendimento, deduzimos ainda que somos regidos por uma lei maior e avassaladora, que se encontra escrita em nossas consciências e da qual é impossível escapar do seu alcance; visto que, ela está fora do controle dos homens e nos impõe um eterno e amoroso aprendizado a cada renascimento, rumo à evolução espiritual. 



Nova Russas-CE, 25 de março de 2015



Everaldo Barroso de Sousa - COMP.'. M.'.



Mat. 17.497

quinta-feira, 19 de março de 2015

Então eu vi a luz.

O Dia chegou, após meses de expectativa e ansiedade, enfim o dia está à porta. O tão esperado dia de minha iniciação, um misto de alegria, orgulho por tal oportunidade e apreensão, afinal o único conhecimento que me foi dado foi o que deveria me preparar, pois o dia não seria fácil. O Caminho que deveria trilhar ainda tinha alguns passos, e logo percebo que esses passos deveriam ser dados de olhos vendados, embora aquilo fosse um leve incômodo não foi difícil, pois havia de confiar naqueles que me guiariam com toda segurança e destreza, assim como quando me tiraram o que de valor monetário portava, logo entendi que ali naquele lugar não importava o status nem as posses, então me encontrei desposado de todos os metais, posições e até mesmo de minha própria visão. Será essa a mensagem? Lembro-me de me perguntar. Então percebi que mesmo sem enxergar, conseguia sentir-se seguro, podia confiar, meditar e simplesmente dá um significado pra tudo o que se passava. Então em um momento estava ali batendo em uma porta e sendo recebido de forma abrupta, como se não fosse bem vindo, e me vi sendo questionado sobre o porquê de está ali, respondi sem reservas. - Desejo entrar pra esta ordem! E aquilo me pareceu tão obvio, no entanto me fizeram passar por algumas viagens e a mesma pergunta me era feita, pois era para que fosse apurado e purificado, então cada vez que me foi perguntado tive a certeza de que não era apenas pela busca de uma resposta, mas sim um voto, uma escolha, uma assinatura. Alguém havia me levado um lugar onde me encontrei diante daquilo que me lembrava da fragilidade humana e o quanto incerto é a vida, ao mesmo tempo em que fui advertido de que se era por curiosidade que estava ali, aquele não deveria ser o meu lugar, mais tudo me dava ainda mais certeza do que eu queria, e quando então me foi solicitado a fazer o juramento estava ali, de coração aberto e cheio de certezas quanto a minha vontade. Então tive o privilégio de receber a luz, e ali quando minhas pupilas ainda se adaptavam, consegui enxergar pela primeira vez, e o que vi me fez naquela noite acelerar o coração, olhei para os lados e para frente e vi não mais estranhos ou desconhecidos, olhei e vi agora irmãos, que com suas espadas em punho juravam me proteger e está do meu lado. Foi então que entendi que aquele dia não era um dia comum, e pensei comigo mesmo, hoje deixo de ser apenas um homem qualquer e profano e começo a fazer parte da maior e mais antiga instituição universal, a família maçônica. Hoje me tornei um Pedreiro livre, que não construirá com pedras ou tijolos, mas com a própria lapidação e o conhecimento, erguerá templos a virtude e masmorras aos vícios. E hoje posso então dizer com muito orgulho: MM\IIR\C\T\M\RR\.




Trabalho apresentado pelo Ir\ Djaci Barbosa de Andrade  AP\M\

Carta do Ir.´. Barroso aos IIr.´. da Loja União e Progresso Nº30.

Nos últimos dias, ouvimos o clamor emocionante de nossa nação que saiu às ruas exigindo o restabelecimento da ordem, da ética e da moral no cenário político brasileiro, bem como o impeachment da Presidenta Dilma.

Esse movimento que se orquestrou à nível nacional rompeu as fronteiras do país e ecoou positivamente no mundo todo. Foi o puro exercício da cidadania, da democracia e da responsabilidade pessoal, que se expandiu como reflexo de uma consciência coletiva, bradando ardentemente pelo restabelecimento da ordem.

Temos que nos prepararmos e estarmos atentos; pois a situação calamitosa a qual o Brasil se encontra pode, sem sobra de dúvidas, desencadear um processo de impeachment, senão vejamos:

Historicamente, de acordo com a Wikipédia, o impeachment foi utilizado pela primeira vez na segunda metade do século XIV pelo Parlamento do Reino Unido contra o William Latimer, conhecido como o 4º Barão. Posteriormente, foi a vez dos Estados da Virgínia em 1776 e de Massachusetts em 1780. A partir dai, outros estados adotaram essa belíssima ferramenta democrática.

A História do Brasil nos dá conta de que na época do Primeiro Reinado (1822 a 1831) já existiam instrumentos legais que permitiam a cassação e até mesmo a punição de funcionários públicos que fossem irresponsáveis ou incompetentes no exercício da função pública (Lei nº 15 de 1827).

Mas, o impeachment propriamente dito somente foi adotado no Brasil após a Proclamação da República, que ocorreu em 15 de novembro de 1889.

Desse modo, a Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, de 1891, a nossa segunda Carta Magna, foi a primeira a se insurgir contra as artimanhas, tanto dos chefes do Poder Executivo quanto de qualquer outro funcionário que fizesse parte dele.

Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 disciplina em seu artigo 85 que são crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra nossa CF, bem como as que afetem:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.



Caso seja apresentada uma denuncia contra a Presidenta Dilma, pelo cometimento de uma infração penal comum ou pelo cometimento de um crime de responsabilidade, a peça acusatória somente irradiará seus efeitos se a acusação for admitida por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados.

Admitida a acusação, a Presidenta deverá ser julgada pelo STF, no caso de infração penal comum, ou pelo Senado Federal, no caso do cometimento de crime de responsabilidade.

No caso de admissão da denuncia e de seu recebimento pelo STF(na hipótese de Ação Penal Pública ou Privada) ou pelo Senado Federal(na hipótese de crime de responsabilidade e após a instauração do devido processo legal) a Presidenta ficaria suspensa de suas funções pelo prazo de 180 dias.

Decorrido o referido prazo e não tendo sido concluído o alusivo processo, a Presidenta automaticamente voltaria às suas funções.

Necessário que se diga, a Presidenta não pode responder por fatos praticados antes do mandato, isto é, estranhos ao exercício de suas funções.

Porém, a situação fática dessa administração desastrosa evidencia o cometimento de alguns crimes de responsabilidade, dentre eles: a improbidade administrativa, caracterizada pela omissão e pela negligência na apuração de indícios de cometimento de crimes na compra de bens particulares, na venda catastrófica de bens públicos e pela indiferença quanto ao esvaziamento de nossas divisas para o estrangeiro, por meio de sofisticados esquemas criminosos, conforme art. 85, V da CF/88 c/c art. 9, itens 3 e 7 da Lei 1079/50, ou seja: por não tornar efetiva a responsabilização de seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou em atos contrários a Constituição ou por proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.

Não obstante o impeachment preveja tão somente a perda do mandato e a inelegibilidade por oito anos, nada obsta que seja instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a qual segundo o § 3º do art. 58 da CF tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciárias.

Uma CPI é instaurada mediante requerimento de 1/3 dos membros da CD ou do SF ou de ambas as casas. Porém, deve ter objetivos certos e tempo determinado. Suas conclusões, se for o caso, deverão ser encaminhadas ao MP a fim de que seja promovida a responsabilização civil e criminal dos infratores.

Mas, neste país onde tudo termina em pizza, ou seja, em palhaçada, onde o Congresso Nacional geralmente faz às vezes de picadeiro e o povo brasileiro passa por palhaço inebriado por falácias desrespeitosas; chego a acreditar que possivelmente possamos ser vítimas de mais uma encenação. Porquanto, impeachment que somente tira do cargo, CPI que não dá em nada e Ministro de Justiça tendencioso, formam uma perfeita armadura para a impunidade.

Estejamos alerta, os movimentos do dia 15 de março nos mostraram a indignação de um povo pacato, ordeiro e legalista que aos poucos percebe que é capaz de arrancar o nariz vermelho de palhaço e desmanchar o picadeiro.

E se, segundo Rousseau, fazemos parte de um contrato social onde o povo é o legítimo dono do poder e é ele quem delega a seus representantes legais o direito provisório de administrar os bens públicos; temos naturalmente o legítimo direito de arrancar do poder os corruptos e substituí-los por quem reúna as melhores condições morais para nos representar.

Cuidemos para que a mobilização pacífica e ordeira não se transforme em mais uma Tomada da Bastilha, onde os palhaços atormentados pelos fantasmas sugadores do patrimônio público tomaram o picadeiro e guilhotinaram os corruptos.

Vistamos nossos balandraus! Ergamos nosso estandarte! vamos munir nossos aventais com as armas do saber! O direito é a nossa estrada, a razão é a luz que emana do G\A\D\U\. Ele ofusca o semblante tenebroso das temíveis falanges das trevas, por meio de milhares de feixes de luzes direcionados pelos membros da maçonaria.

Estejamos de pé e a ordem, sempre preparados para atendermos a convocação de nosso Sereníssimo, a fim de prestarmos socorro a pátria amada que agoniza na garras das aves de rapina.



Nova Russas 17 de março de 2015



EVERALDO BARROSO DE SOUSA - Comp\M\

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sessão Magna de Iniciação realizada pela loja Deus e Família Taboense Nº96.

Em Sessão Magna de iniciação presidida pelo Sereníssimo Grão Mestre Irmão Silvio de Paiva Ribeiro da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará,que se fazia acompanhar do alto corpo da GLMECE,além do Past Grão Mestre Etevaldo Barcelos Fontenele,O evento aconteceu neste último sábado,21 de Fevereiro onde foram iniciados três (03) novos irmãos, e a inauguração do salão de banquetes da Loja Deus e Família Taboense Nº96.O evento contou com as presenças de vários IIr.´. dos orientes Independência,Cratéus,Nova Russas,Solonópole e Fortaleza além das presenças dos Grandes delegados,Eliézio Martins Leitão,Wagner Claudino e Egberto.A loja União e Progresso se fez presentes com uma comitiva e mais de 15 irmãos sobre o comando Venerável Mestre Francisco Gerardo do Nascimento.Para finalizar o evento foi inaugurado um salão de banquetes que leva o nome do Past Grão Mestre Etevaldo Barcelos Fontenele em seguida foi servido um farto jantar festivo para os irmãos, cunhadas sobrinhos e convidados.






Balandrau

Vestimenta maçônica
(traje maçônico)

Basicamente, a uniformização da indumentária visa à harmonização do ambiente e das pessoas, gerando um clima psicológico favorável à integração e ao controle. As diversas organizações uniformizam as pessoas na busca da disciplina, do controle e da integração. É o caso das Forças Armadas, dos Estudantes, das Polícias Militares, das grandes corporações de operários, etc.
No caso da Maçonaria, a uniformização tem os mesmos benefícios já citados, além de naturalmente, os aspectos, que se somam e que dizem respeito, ao uso da cor preta. Na prática dos trabalhos em nossos Templos, buscamos dentre outras coisas, esotericamente, captarem energias cósmicas, ou fluidos positivos ou forças astrais superiores para nosso fortalecimento espiritual. Da física temos o conceito de que o preto não é cor, mas sim um estado de ausência de cores. As superfícies pretas são as mais absorventes de energias de qualquer natureza.
Então, a indumentária preta nos tornará um receptor mais receptivo e mais que isso, nos tornará também um acumulador, uma espécie de condensador deste tipo de energia. Por outro lado, a couraça formada pela nossa roupa preta, faz com que as eventuais energias negativas que eventualmente possam entrar no Templo conosco, não sejam transmitidas aos nossos Irmãos. Por isso o Maçom veste-se de roupas pretas para participar dos trabalhos em Loja.
A indumentária recomendada para as Sessões Magnas é o terno preto, com camisa branca e gravata preta ou branca. Para as Sessões Econômicas, admite-se o uso do Balandrau, que deve ser comprido e preto, complementado pelo uso obrigatório de calças, meias e sapatos pretos.
A comodidade que oferece ao usuário fez com que o Balandrau se difundisse rapidamente, mas é preciso salientar, ele deve ser comprido e ficar a um palmo do chão, pois é uma veste talar, ou seja, que vai até ao calcanhar. Desta forma, também não são indumentárias maçônicas as “mini-saias” que alguns Irmãos usam como se fosse um Balandrau.
Importante observar que, tanto do ponto de vista lingüístico como do ponto de vista maçônico, preto e escuro não são sinônimos, conforme muitos querem. E, em assim sendo, toda indumentária que não seja preta, embora escura, não é maçonicamente adequada.
Alguns autores são de opinião de que o rigor do traje preto deve ser exigência para as Sessões Magnas, podendo ser livre quanto à cor nas Sessões Econômicas, mas mesmo assim todos são unânimes de que é indispensável o uso do paletó e da gravata.
Cabe ao Venerável Mestre decidir, dentro dos princípios do bom senso e da tolerância em torno das exceções, caso algum Irmão visitante em viagem ou mesmo de algum Irmão do quadro, que por alguma razão plenamente justificável, se apresentar ao trabalho com roupa de outra cor.
O Balandrau Maçônico e seu uso em loja
Embora, na opinião de muitos, não seja esta uma discussão tão importante, é, de fato, uma questão interna de Loja que sempre causa alguns transtornos nas Sessões Maçônicas, entre aqueles que condenam o uso do balandrau e aqueles que o defendem. Para alguns Irmãos, o traje maçônico correto é o terno escuro, de preferência preto ou azul-marinho, especialmente em sessões magnas, sendo tolerado o uso do balandrau.
Outros sustentam a idéia de que tanto em Sessões Magnas, quanto Ordinárias, pode-se usar apenas o balandrau. 
Discussões à parte, para mim o mais importante é o Maçom participar da Sessão com todo o seu coração, imbuído da seriedade que o momento exige. É como diz o ditado “o hábito não faz o monge”.
BALANDRAU [lat. balandrana; it. palandrano]
Capa em feitio de batina, feita de tecido leve e preto.
Embora alguns autores afirmam que o balandrau não é veste maçônica, na realidade o seu uso remonta à primeira das associações organizadas de ofício, a dos Collegia Fabrorum, criada no séc. IV a.C., em Roma.
Quando as legiões romanas saíam para as suas conquistas bélicas, os collegiati acompanhavam os legionários, para reconstruírem o que fosse destruído pela ação guerreira, usando, nesses deslocamentos, uma túnica negra; da mesma maneira, os membros das confrarias operativas dos maçons medievais, quando viajavam para outras cidades, feudos, ou países, usavam um balandrau negro. Assim, o balandrau, que é veste talar – deve ir até os talões, ou calcanhar -, foi uma das primeiras vestes maçônicas.
Teve inicialmente o seu uso ligado às funções do 1° Experto, durante os trabalhos de Iniciação em que atendia o profano na Câmara de Reflexões e na cena de S. João. Acreditamos que o nosso clima tropical, a comodidade que o mesmo oferece ao usuário e especialmente o seu baixo custo fizeram com que se difundisse entre nós.
Segundo Nicola Aslan, a presença do Balandrau remonta à última metade do séc. XIX, tendo sido introduzida na Ordem Maçônica pelos Irmãos que faziam parte, ao mesmo tempo, de irmandades católicas e de Lojas Maçônicas, e que foram, sem dúvida, o motivo da famigerada Questão Religiosa, nascida no Brasil por volta de 1872. Rizzardo Da Camino, escreve:
“O Balandrau surgiu no Brasil com o movimento libertário da Independência, quando os maçons se reuniam sigilosamente, à noite; designando o local, que em cada noite era diverso, os maçons percorriam seu caminho, envoltos em balandraus, munidos de capuz, com a finalidade de penetrando na escuridão permanecerem ‘ocultos’, nas sombras para preservar a identidade”.
Fica aqui, pois esclarecido que o emprego do Balandrau é aceitável e freqüente, na Maçonaria Brasileira, desde que comprido até os pés, mangas largas, de cor preta, fechada até o pescoço e sem qualquer insígnia nele bordada. Mas lembrando sempre: que a consciência do homem está no seu interior e não na roupa.
O negro significa ausência de cor, empresta as sessões um clima pesado de luto; igualando a todos, não haverá distinção para analisar qualquer personalidade; todos emergem em um oceano de neutralidade. Que lições podem tirar desse costume maçônico? Que a parte externa de nós próprios, em certas oportunidades mostra-se em trevas ansiando todos por uma luz.
Lendo alguns artigos de autores maçônicos da atualidade, percebemos que há até entre eles algumas idéias que, se não chegam a se contradizerem, mostram algumas diferenças de pensamento, principalmente em relação ao uso do balandrau em Loja.
Este trabalho visa trazer algum esclarecimento sobre o tema aos meus irmãos da Loja Maçônica Asilo da Virtude, Loja essa que me proporcionou enxergar a luz maçônica e da qual tanto me orgulho. Tentarei ir por partes e peço um pouco de paciência, caso venha extrapolar um pouco o tempo, que eu sei ser de 15 minutos.
A vestimenta maçônica (traje maçônico)
Quando se fala em traje maçônico, logo se pensa em paletó, gravata, sapato preto. Entretanto, temos de levar em consideração que o traje maçônico mesmo é o Avental, sem o qual o obreiro é considerado nu, na acepção de Castellani. Temos de concordar com isto, pois embora a cor da vestimenta (calça, gravata, etc) possa ser diferente para cada Rito ou mesmo dependendo de cada país, o Avental, como diz Jaime Pusch, é a insígnia obrigatória do maçom em loja, não podendo sem ele participar dos trabalhos.
Não há muito que discutir sobre traje maçônico, pois como diz Castellani: “discutir traje em loja é o mesmo que discutir o sexo dos anjos”, devido às variações sofridas nos trajes masculinos através dos tempos, inclusive de povo para povo; em algumas partes do mundo, principalmente em regiões quentes dos estados unidos, os maçons vão às sessões até em mangas de camisa, mas não se esquecem do avental; no Brasil, o traje, antigamente, era previsto nos Rituais (Séc. XIX e início do Séc. XX) como indicação e não imposição, devido à diversidade de ritos.
Posteriormente é que a exigência do traje foi colocada na legislação das obediências, padronizando conforme o rito majoritário no Brasil (REAA); a palavra “terno”, gramaticalmente falando, quer dizer um traje que se compõe tradicionalmente de um trio de peças de roupa: calça, colete e paletó.
Os mais antigos talvez se lembrem que era assim que os homens algumas décadas atrás se vestiam, completando este trio com o uso do chapéu e da bengala. Posteriormente, o colete foi abolido, talvez devido ao clima tropical do brasil. o terno tornou-se, então, um parelho, ou seja, um par, constituído da calça e do paletó, equivocadamente chamado atualmente de terno.
Grande é a controvérsia do uso ou não de terno ou na ausência deste, o balandrau. No Brasil, e só no Brasil, convencionou-se o uso deste, e de acordo com os estatutos de várias obediências o balandrau é “tolerado” em Sessões Ordinárias;
Traje maçônico segundo o RGF-GOB
O RGF do GOB traz em seu Art. 110 que “Os Maçons presentes às sessões magnas estarão trajados de acordo com o seu Rito, com gravata na cor por ele estabelecida, terno preto ou azul marinho, camisa branca, sapatos e meias pretos, podendo portar somente suas insígnias e condecorações relativas aos graus simbólicos”.
“§ 1º – Nas demais sessões, se o rito permitir, admite-se o uso do balandrau preto, com gola fechada, comprimento até o tornozelo e mangas compridas, sem qualquer símbolo ou insígnia estampado”.
O traje maçônico no RGF é definido em relação às sessões magnas, admitindo-se o balandrau nas outras sessões, de forma eventual. Faço aqui os seguintes questionamentos: Por que se exigiu de forma mais clara somente em relação às Sessões Magnas?
A palavra terno diz respeito ao trio paletó, colete e calça, como sempre foi tradicionalmente e gramaticalmente, ou somente ao paletó e calça, já que a palavra terno quer dizer ternário, trio? A palavra eventual significa um acontecimento incerto, casual, fortuito; o verbete eventualmente no RGF tem o mesmo significado? Se tiver, o balandrau pode ser admitido casualmente, em quantidade incerta? Não deveria conter o RGF uma exclusão de proibição do balandrau em sessão magna, já que é usado pelo experto nas iniciações?
Antes de concluir, quero falar um pouco do que é o balandrau, motivo maior deste trabalho.
Definição, origem e uso do balandrau na Maçonaria
Balandrau – do latim medieval balandrana, designa a antiga vestimenta com capuz e mangas largas, abotoada na frente; e designa também, certo tipo de roupa usada por membros de confrarias, geralmente em cerimônias religiosas. Assim, o balandrau não é exclusividade maçônica.
Embora alguns autores insistam em afirmar que o balandrau não é veste maçônica, o seu uso, na realidade remonta a primeira das associações de ofício organizadas (Maçonaria Operativa), a dos “Collegia Fabrorum”, criada no século VI a.C., em Roma. Quando as legiões romanas saiam para as suas conquistas bélicas, os Collegiati acompanhavam os legionários para reconstruir o que fosse destruído pela ação guerreira, usando nesses deslocamentos uma túnica negra.
Da mesma maneira, os membros das confrarias operativas dos Franco-Maçons medievais (Séc XIV e XV), quando viajavam pela Europa Ocidental, usavam o balandrau negro. Segundo outros autores, o uso do balandrau teve início nas funções do Primeiro Experto, durante os trabalhos de iniciação em que atendia o profano na Câmara de Reflexões.
Para outros, como Jaime Pusch e Rizzardo Da Camino, o balandrau foi inicialmente restritivo à Câmara do Meio, no Grau de Mestre de alguns ritos, mas que depois foi aceito, nos outros graus.
Percebemos, através deste pequeno relato, que o balandrau está presente na história da Maçonaria desde o princípio, pois era uma forma de igualar os participantes e proteger suas identidades através do capuz, principalmente da perseguição da inquisição.
Hoje, a vestimenta é tolerada pelas altas autoridades das potências maçônicas e muitas lojas adotam o balandrau como vestimenta oficial para as Sessões Ordinárias, deixando o terno somente para as Sessões Magnas. Isto acontece muito nas cidades grandes, principalmente em função da distância casa-trabalho-loja maçônica. Outras lojas admitem o uso do balandrau somente para visitantes, desde que seja do mesmo rito da loja visitada.
Algumas conclusões sobre o tema em questão
Diante do que foi exposto cheguei a algumas conclusões que, de antemão, afirmo serem bem pessoais. Não peço a ninguém que concorde comigo, mas que respeite a minha forma de pensar como pretendo respeitar o pensamento alheio. Vamos a elas:
• A verdadeira veste maçônica é o Avental. Sem ele o Obreiro é considerado nu, não podendo participar dos Trabalhos.
 Sob o Avental deve haver, porém uma roupa sóbria e decente, sendo o balandrau uma forma de igualar e uniformizar o traje. O uso do balandrau iguala e nivela os maçons em loja. Nada de exigência de ternos, cores de gravata etc. A igualdade na vestimenta demonstra um desapego a toda e qualquer vaidade humana – tão combatida pela Maçonaria – e nivela os IIr.’. em Loja, por uma única veste.
• Em um ponto, os Irmãos têm opiniões coincidentes: o balandrau é veste talar, deve ir até os calcanhares, e pode ser considerado um dos primeiros trajes maçônicos, sendo plenamente justificado o seu uso em Loja;
 Terno quer dizer um traje que se compõe de calça, colete e paletó. Assim, a maioria dos maçons atuais está irregular em loja, já que usamos somente calça e paletó, duas peças, a que se dá o nome de parelho (par);
• Deve haver um equívoco no RGF do GOB no que diz respeito ao terno, usando este termo no sentido do já citado parelho;
• Se observarmos nosso padrão climático e o tecido mais leve, me parece ser o balandrau uma boa ou, talvez, a melhor e mais justificada alternativa.
O balandrau tira de nós a aparência de riqueza, do saber, da ambição, da vaidade; iguala-nos e nos mostra que, independentemente de qualquer posição profana, somos todos iguais, todos IIr.’. em todos os momentos;
• Concluindo este trabalho, queremos dizer que, de acordo com a vontade da Loja, ou talvez de sua diretoria, e também de acordo com o RGF, procurarei ao máximo comparecer às sessões em nossa Loja de parelho ou, como nós mesmos denominamos o conjunto calça e paletó, de terno, para que assim possa haver mais harmonia nos trabalhos, já que o meu balandrau parece incomodar sobremaneira a Diretoria de nossa Loja;
 O mais importante em uma Sessão Maçônica é o clima fraternal criado a partir de emanações de energia dos Irmãos; – em nossas reuniões, dentro do Templo, muitas são as vibrações emanadas de todos os nossos Irmãos, sejam eles Oficiais ou não. Principalmente durante a abertura do Templo, temos a formação da Egrégora. Este é um momento em que todos nós emitimos radiações, e ao usarmos a veste preta, estaremos absorvendo todas essas energias, reativando os nossos Chacras, ou nossos centros de forças, de emissão e recebimento de energia;
• Quando usamos terno preto ou o balandrau, permanecem descobertos nossos Chacras: frontal, laríngeo e coronário. Assim poderemos emitir, receber e refletir vibrações diretamente em nossos centros de força, pois estes estarão descobertos. Em contrapartida, nosso Chacras mais sensíveis estarão protegidos de enviar vibrações negativas durante os trabalhos.
• E a questão maior que deixo hoje para todos nós é justamente esta: Estamos, de fato, emanando bons fluidos? Estamos de fato vivenciando o amor fraternal? Cada um responda por si e a si mesmo somente, que é o mais importante.