A Maçonaria não nasceu como a conhecemos hoje, mas de um “movimento” de reação, envolvendo interesses sociais, políticos, econômicos, sociais e religiosos.
Estaremos
certos, ao afirmar que o “movimento”
surgiu quando houve a necessidade de se pôr ordem dentro de um sistema caótico
de organização primitiva social.
A
Maçonaria não teve uma origem espontânea. Surgiu do “movimento” de reação quando os homens organizados em sociedade
verificaram que não eram felizes, porque lhes faltava algo que pudesse
valorizá-los e descobri-los, perante
seus próprios olhos e perante seus companheiros.
O que
denominamos aqui de Movimento,
foi tomando forma e corpo e, assim,
paulatinamente, passou do estado de uma organização que surgia, ao estudo do
próprio homem. Se hoje temos as ciências sociais, e encontramos na psicologia,
solução para os problemas que o homem oculta, devemos render homenagem àqueles primitivos estudiosos que,
na busca incessante, contribuíram para que, hoje, pudéssemos contar com os
recursos da tecnologia moderna.
O Movimento buscava a transformação
política; ele proclamava a igualdade e a liberdade dos homens. O homem nasce livre. O homem quer ser livre,
porque deseja buscar a sua própria harmonização com o Grande Construtor dos
Mundos ou como chamamos: G.: A.: D.: U.:
Senão
vejamos: Na Índia, surgiu com plenitude iniciando o culto a um só Deus, sobre as ruínas do
politeísmo, desejando a abolição das diferenças entre as castas.
O Movimento encontra Buda e para
compreendermos Buda, é suficiente entendermos o Cristianismo, cujas bases são
idênticas, porque o centro dos interesses é o homem que busca se harmonizar com
a vontade de Deus.
No
Oriente, Buda praticou, imediatamente, a separação do poder espiritual do poder temporal. Inicia-se aí, um fato novo:
a liberdade de consciência, que faz explodir a sociedade convencional,
explodindo os preconceitos religiosos em toda a Europa.
Zoroastro
surgiu séculos depois de Buda, encontrando já o Movimento bem organizado, dentro das várias sociedades secretas. Todos
acorriam interessados, para se iniciarem nos mistérios do Sol e de Mitra,
apesar, das provas que deveriam suportar fossem severas.
Buda
Foi o primeiro que nos transmitiu com segurança os princípios filosóficos do Movimento. Zoroastro o segundo. Para melhor
entendermos a filosofia do Movimento,
precisamos conhecer a história de Buda e de Zoroastro, que em muito
influenciaram nas raízes da Maçonaria.
O Em
sua inexorável marcha de Oriente para Ocidente, o Movimento encontra o Nilo, e conquista o Egito. Encontra uma terra
misteriosa, plena de cultos e aí inicia uma luta para banir uma teocracia
injusta, com seu politeísmo, até
conquistar com o deus Sol, o início de uma grande jornada do monoteísmo.
O Movimento cumpria ali duas grandes
missões: aperfeiçoar as leis e civilizar os homens. Com a queda dos sacerdotes,
e com a proteção de Menés (o faraó), passou a aproveitar os templos para suas
reuniões, criando ambientes devidamente fechados às indiscrições, instituindo
palavras de passe, senhas e todos os cuidados iguais ou mais rigorosos ainda,
que os seguidos pela Maçonaria atual.
O Movimento, mais tarde iria abraçar todo o conhecimento da arquitetura, para
ditar para os demais povos, nos séculos
sucessivos, as regras áureas da construção. Foi no Egito que o Movimento se fez “Pedreiro Livre”. Lá
se encontram nas pirâmides, símbolos e palavras ainda hoje usadas pela
Maçonaria, com figuras como o avental, e outras.
O
próprio Templo de Salomão, exemplo clássico da arte e da ciência de construir, foi resultado do
trabalho encetado pelo Movimento,
através de Hiran Abif.
Moisés,
o grande libertador dos Hebreus, foi preparado pelo Movimento. Moisés foi o fruto de um precioso labor, visando a
libertação do povo Hebreu, quando o Movimento
assumiu dois caminhos: a adoração de um só Deus, e a libertação do homem.
Essa
preparação esteve a cargo do Movimento, e
a fuga do Egito foi elaborada através de um trabalho técnico, sigiloso, rico de
detalhes, empreendimentos, com conhecimentos profundos de psicologia e alta
magia para reter catalisado o povo em fuga, coeso em torno de uma poderosa fé
em torno de uma religiosidade científica.
Na
interpretação maçônica, a fuga do Egito, traduz a longa jornada que o neófito
deve percorrer até encontrar-se com a verdadeira luz.
Muito
mais tarde, o Movimento preparou
Jesus para uma missão idêntica, qual seja, a nova libertação do povo hebreu,
dessa vez, do jugo romano. Não há para a Maçonaria, interesse algum, em retirar
da pessoa de Jesus, o aspecto Divino. Apenas queremos afirmar que sua
preparação se deu entre os Essênios, cujos documentos ainda estão sendo
traduzidos. Isso se deu no período que a Bíblia não se refere a Jesus, ou seja
dos 13 ao 30 anos.
Até o
momento que a terra sem distinção de classes nem privilégios seja o paraíso do
homem honrado e feliz; pleno de vigor, vivendo sob a direção de uma só lei,
igual para todos, o mundo será então, um
grande templo no qual, os homens gozarão dos imensos benefícios da igualdade.
Assim,
nós maçons, poderemos compreender que as raízes da Maçonaria, foram fixadas no
misterioso Movimento do passado, numa
época, ainda totalmente desconhecida. Tendo em nossas mãos essas raízes, quiçá
possamos reencontrar os meios capazes de transformar o homem profano no
Homem-símbolo, no Homem-deus ou no Homem-Luz.
Pesquisado na obra de Rizzardo da Camino
Trabalho apresentado pelo
M .˙. M .˙. I
.˙. L. Gonzaga M. Mourão₃₃
Nova
Russas-Ce.