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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

AS ORIGENS DA MAÇONARIA


                        A Maçonaria não nasceu como a conhecemos hoje, mas de um “movimento” de reação, envolvendo interesses sociais, políticos, econômicos, sociais e religiosos.
Estaremos certos, ao afirmar  que o “movimento” surgiu quando houve a necessidade de se pôr ordem dentro de um sistema caótico de organização primitiva social.

A Maçonaria não teve uma origem espontânea. Surgiu do “movimento” de reação  quando os homens organizados  em sociedade  verificaram que não eram felizes, porque lhes faltava algo que pudesse valorizá-los  e descobri-los, perante seus próprios olhos e perante seus companheiros.

O que denominamos aqui de Movimento, foi  tomando forma e corpo e, assim, paulatinamente, passou do estado de uma organização que surgia, ao estudo do próprio homem. Se hoje temos as ciências sociais, e encontramos na psicologia, solução para os problemas que o homem oculta, devemos render  homenagem àqueles primitivos estudiosos que, na busca incessante, contribuíram para que, hoje, pudéssemos contar com os recursos da tecnologia moderna. 

O Movimento buscava a transformação política; ele proclamava a igualdade e a liberdade dos homens. O homem nasce livre. O homem quer ser livre, porque deseja buscar a sua própria harmonização com o Grande Construtor dos Mundos ou como chamamos: G.: A.: D.: U.:

Senão vejamos: Na Índia, surgiu com plenitude iniciando o  culto a um só Deus, sobre as ruínas do politeísmo, desejando a abolição das diferenças entre as castas.

O Movimento encontra Buda e para compreendermos Buda, é suficiente entendermos o Cristianismo, cujas bases são idênticas, porque o centro dos interesses é o homem que busca se harmonizar com a vontade de Deus.

No Oriente, Buda praticou, imediatamente, a separação do poder espiritual  do poder temporal. Inicia-se aí, um fato novo: a liberdade de consciência, que faz explodir a sociedade convencional, explodindo os preconceitos religiosos em toda a Europa.

Zoroastro surgiu séculos depois de Buda, encontrando já o Movimento bem organizado, dentro das várias sociedades secretas. Todos acorriam interessados, para se iniciarem nos mistérios do Sol e de Mitra, apesar, das provas que deveriam suportar fossem severas.

Buda Foi o primeiro que nos transmitiu com segurança os princípios filosóficos do Movimento. Zoroastro o segundo. Para melhor entendermos a filosofia do Movimento, precisamos conhecer a história de Buda e de Zoroastro, que em muito influenciaram nas raízes da Maçonaria.

O Em sua inexorável marcha de Oriente para Ocidente, o Movimento encontra o Nilo, e conquista o Egito. Encontra uma terra misteriosa, plena de cultos e aí inicia uma luta para banir uma teocracia injusta, com seu politeísmo, até conquistar com o deus Sol, o início de uma grande jornada do monoteísmo.

O Movimento cumpria ali duas grandes missões: aperfeiçoar as leis e civilizar os homens. Com a queda dos sacerdotes, e com a proteção de Menés (o faraó), passou a aproveitar os templos para suas reuniões, criando ambientes devidamente fechados às indiscrições, instituindo palavras de passe, senhas e todos os cuidados iguais ou mais rigorosos ainda, que os seguidos pela Maçonaria atual.

O Movimento, mais tarde iria abraçar todo o conhecimento da arquitetura, para ditar  para os demais povos, nos séculos sucessivos, as regras áureas da construção. Foi no Egito que o Movimento se fez “Pedreiro Livre”. Lá se encontram nas pirâmides, símbolos e palavras ainda hoje usadas pela Maçonaria, com figuras como o avental, e outras.

O próprio Templo de Salomão, exemplo clássico da arte  e da ciência de construir, foi resultado do trabalho encetado pelo Movimento, através de Hiran Abif.

Moisés, o grande libertador dos Hebreus, foi preparado pelo Movimento. Moisés foi o fruto de um precioso labor, visando a libertação do povo Hebreu, quando o Movimento assumiu dois caminhos: a adoração de um só Deus, e a libertação do homem.

Essa preparação esteve a cargo do Movimento, e a fuga do Egito foi elaborada através de um trabalho técnico, sigiloso, rico de detalhes, empreendimentos, com conhecimentos profundos de psicologia e alta magia para reter catalisado o povo em fuga, coeso em torno de uma poderosa fé em torno de uma religiosidade científica.

Na interpretação maçônica, a fuga do Egito, traduz a longa jornada que o neófito deve percorrer até encontrar-se com a verdadeira luz.

Muito mais tarde, o Movimento preparou Jesus para uma missão idêntica, qual seja, a nova libertação do povo hebreu, dessa vez, do jugo romano. Não há para a Maçonaria, interesse algum, em retirar da pessoa de Jesus, o aspecto Divino. Apenas queremos afirmar que sua preparação se deu entre os Essênios, cujos documentos ainda estão sendo traduzidos. Isso se deu no período que a Bíblia não se refere a Jesus, ou seja dos 13 ao 30 anos. 

Até o momento que a terra sem distinção de classes nem privilégios seja o paraíso do homem honrado e feliz; pleno de vigor, vivendo sob a direção de uma só lei, igual para todos,  o mundo será então, um grande templo no qual, os homens gozarão dos imensos benefícios da igualdade.

Assim, nós maçons, poderemos compreender que as raízes da Maçonaria, foram fixadas no misterioso Movimento do passado, numa época, ainda totalmente desconhecida. Tendo em nossas mãos essas raízes, quiçá possamos reencontrar os meios capazes de transformar o homem profano no Homem-símbolo, no Homem-deus ou no Homem-Luz.







Pesquisado na obra de Rizzardo da Camino

Trabalho apresentado pelo

M .˙. M .˙. I .˙.  L. Gonzaga M. Mourão₃₃

A .˙. R.˙.  L .˙. S .˙.  União e Progresso N 30

Nova Russas-Ce.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

MAÇONARIA NA IDADE MÉDIA.

         Com a queda do Império Romano do Ocidente (Século V) inicia-se um período na História que denominado Idade Média, que vai até o século XV.
        Ao final da Idade Antiga, no Ocidente são formados novos reinos que incorporam grande parte das instituições romanas pré-existentes, o cristianismo disseminou-se pela Europa ocidental enquanto o Império Romano do Oriente torna-se território islâmico.
      Depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. Surge o regime feudal, uma estrutura política em que cavaleiros e outros nobres prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial com o direito a cobrar impostos e os habitantes daquela propriedade são mantidos como servos.
A vida cultural foi dominada pela Igreja e pelos senhores feudais. Esse período da história foi caracterizado pelo domínio absoluto da Igreja e dos Senhores Feudais, onde surgir a Inquisição aprisionando o conhecimento e tudo que não fosse aprovado pelos detentores do poder era considerado heresia. Numa tentativa de ter o domínio sobre a Terra Santa, surgem as Cruzadas. Uma verdadeira cortina foi erguida e nesse período ocorre a edificação das imponentes catedrais góticas entre as mais destacadas façanhas artísticas que eram erguidas por Corporações de homens que detinham o conhecimento do ofício e passavam seus ensinamentos a somente um pequeno grupo eleito. Assim com na Idade Antiga encontramos sustentáculos para dizer que os conhecimentos do Antigo Egito passando por Aristóteles e Pitágoras na Grécia são sinais da Ordem também na Idade Média essas corporações detinham conhecimentos maçônicos.
          Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios, a Maçonaria surgiu como organização com os trabalhadores medievais – como alfaiates, sapateiros, ferreiros e pedreiros que guardavam suas técnicas a sete chaves. “Os pedreiros, em especial, viajavam muito a trabalho. Por isso tinham certa liberdade, ao contrário dos servos, que deviam satisfação ao senhor feudal caso quisessem deixar suas terras”, afirma Eduardo Basto de Albuquerque, professor de história das religiões da Unesp. Daí vem o nome original “maçonaria livre”, ou freemasonry em inglês. A arquitetura constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante.
Seria o Templo Ideal?
           Esta é a primeira das duas fases da Maçonaria, a operativa onde seus seguidores, os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristocracia, em meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais e a segunda, a atual, a especulativa. Na primeira, os seus componentes operavam materialmente, eram trabalhadores especializados. A segunda, especulativa, de vez que os seus adeptos são homens de pensamento.
            Desde a antiguidade, e na Idade Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre.
           Os pensadores e alquimistas da época eram combatidos e perseguidos. Para se livrarem buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham. alguns eram aceitos.     Daí a denominação de Maçons Aceitos em contraposição aos Maçons Antigos, os construtores.
           Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar as regras.
        Na hierarquia maçônica desta época havia apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma construção.
É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito da Idade Média, envolve a maçonaria numa penumbra histórica sobre sua origem e seu crescimento. Há vertentes afirmando que ela teve início na Mesopotâmia, outras confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo trabalhos maçônicos. Existem relatos afirmando que os Essênios eram Maçons e que Jesus Cristo iniciou nos Augustos Mistérios com este povo, há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.
         O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares, que foram adotados por instituições como as "Guildas", as Compagnonnage e as Steinmetzen. O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.
Maçonaria Operativa
         A origem perde-se na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas, ou seja, associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de castelos, muralhas etc. O ofício de pedreiro era uma condição cobiçada pelo povo, como se fosse um passaporte para novos direitos. Sendo esta a única Guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o segredo deveria ser guardado com bastante zelo.
        Ao se fixar em novas terras, os nobres necessitavam de castelos para sua habitação e fortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era nobre deveria advir do povo e como as atividades agropecuárias e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil.
          A Igreja encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso. Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dos mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja detinha o poder político, econômico, cultural e científico da época.
Maçonaria Especulativa
         Em 24 de junho de 1717, na Inglaterra, é que tem origem a Maçonaria atual e a partir dessa data, a Maçonaria começou a ser denominada de "Maçonaria Especulativa". Corresponde a segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos maçons operativos juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento iluminista, ruptura com a Igreja Romana da época e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.
         Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções não eram mais guardados a sete chaves, eram estudados publicamente. Todavia o método de associação era interessante, o método de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiu posteriormente, a Maçonaria Especulativa.
Em vez de erguer edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguer o edifício social ideal.


Ir.´.Francisco Antônio Rosa
M.`.M.´.
Aug.´.Resp.´.Loj.´.Simb.´.
União e Progresso N° 30
Or.´.de Nova Russas/CE
Filiada a GLOMEC