O simbolismo é
a ciência mais antiga do mundo. Através dos símbolos, os povos primitivos se
comunicavam e registravam sua história. O verdadeiro símbolo, é aquele que
pode ser interpretado por diversos ângulos, de acordo com a capacidade
intelectual e emocional de cada um.
De acordo com a
Encyclopaedia de Mackey, “a maçonaria é um sistema de moralidade
desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo”.
Com o surgimento da
maçonaria especulativa no século XVIII, na Inglaterra, ressurgiu, também uma
reeleitura dos simbolismos religiosos que se encontravam deturpados pela ignorância
eclesiástica medieval.
Os maçons
especulativos começaram a estudar os simbolismos religiosos e iniciáticos,
dando origem a simbologia mística, dos maçons operativos, alquímicos e outros
símbolos tradicionais. Foram incluidos, também, os símbolos de significado
particular, como é o caso da Romã, Cadeia de União, Estrela Flamígera, a
letra G, Acácia, o Pelicano, etc.
São inúmeros os símbolos
maçônicos, porém alguns se destacam pelo seu constante uso e conhecimento
entre os maçons. Trazemos alguns deles com seus respectivos significados.
ACÁCIA
Árvore de muitas
espécies, disseminada no Egito, Arábia e Palestina. A Acácia era a árvore
que fornecia sua madeira aos povos hebreus, a sagrada e aromática madeira
Shittim ou Sitim ( Êxodo 30;24 e Ese 27;220. Foi muito empregada na construção
do Tabernáculo. Planta consagrada nas cerimônias, Graus e Espírito da maçonaria,
como símbolo da inocência, iniciação e imortalidade da alma. Na lenda do 3º
grau, o ramo de acâcia indica o lugar onde os três companheiros homicidas
haviam ocultado o corpo doe Mestre Hram, por eles assassinado no Templo de Salomão.
Símbolo de imortalidade nos emblemas maçônicos o famoso Diploma da Acácia
é conferido ao maçom assíduo.
AVENTAL
È
a peça mais importante na Maçonaria. Distintivo indispensável do trabalho. É
o único que dá ao maçom o direito de entrar nos Templos e participar das
reuniões. Sua forma e cores variam de acordo com os graus e Ritos, mas seu
significado místico é o mesmo. O Avental Branco, sem adornos, do 1º grau,
indica a pureza da alma, que se supõe tê-la alcançado neste grau.
O azul celeste está
associado com a dedicação espiritual. Nos graus 1 e 2 não aparecem nenhum
metal, pois o maçom esteve, teoricamente, se despindo de todos os metais e
transmutando-os em riquezas espirituais
Azul: Cor da Safira
que simboliza a piedade, o equilibrio, a lealdade e a sabedoria. Cor que figura
nos graus 3, 4 e 14 do Rito Escocês Antigo e Aceito. É a cor celeste que
caracteriza as Lojas Simbólicas e os maçons dos três primeiros graus.
CINZEL
Representa o
intelecto e sugere o trabalho inteligente. Instrumento do grau de Aprendiz.
Simbolicamente, serve para desbastar a pedra bruta da personalidade.
COLUNAS
Na Maçonaria
usamos as Colunas de origem grega, a Jônica que corresponde ao Venerável
Mestre da Loja a qual significa sabedoria. A Dórica que corresponde ao Primeiro
Vigilante e que representa a força. Por último, a Coríntia que corresponde ao
segundo Vigilante e representa a beleza.
Na porta do Templo
são colocadas duas Colunas efetivas que são chamadas Boaz (ou Booz) e Jachim.
A primeira, Boaz, se localiza à esquerda e a segunda Jachim à direita da
entrada do Templo. As duas combinadas representam “Deus se estabelecerá em
força” ou “como fortaleza”.
COMPASSO
A Maçonaria adota
o Compasso como um de seus grandes símbolos e o coloca sobre o Altar da Loja
enlaçado com o Esquadro para simbolizar a Macrocosmo, e a Bíblia para
significar a sabedoria que ilumina e dirige tanto o Macrocosmo como o Microcosmo
(neste particular o maçom). Como instrumento simbólico, é emblema de medida e
justiça.
DELTA LUMINOSO
Quarta letra do
alfabeto grego. É o emblema da Tri-unidade. É o primeiro polígono. Tanto nas
Igrejas Judaico-cristãs como nos templos maçônicos está geralmente envolvida
de um “glória”, e centrada pela letra G. É o símbolo da tripla Força
indivisível e divina que se manifesta como Vontade, Amar e Inteligência cósmicos
ou ainda os Pólos positivo e negativo e o efeito de sua união. É às vezes
figurado por três pontos (.·.)
ESCADA CARACOL
Mostra a difícil
trajetória do Companheiro. Com seus degraus em espira, ela representa a
dificuldade em subir, aprender e auto aperfeiçoar-se, mostrando que a evolução
não se desenvolve de uma forma constante e retilínea. Ela tem seus altos e
baixos. Sua persistência em busca da luz, será a recompensa, pois atingirá o
topo da escada.
ESCADA DE JACÓ
“E Jacó sonhou:
e eis que uma escada era posta na terra, porque o sol era posto; e eis que os
anjos de Deus subiam e desciam por ela; e eis que o Senhor estava em cima
dela” (Geneses 28:12, 13).
A escada mística
vista por Jacó simboliza o ciclo involutivo e evolutivo da vida, em seu perpétuo
fluxo e refluxo, através de nascimentos e mortes, a desdobrar-se em hierarquias
de seres, potestades, mundos, reinos e vida e raças. Segundo as tradições maçônicas,
a escada com esse significado consta de quatorze degraus. Na verdade seus
degraus são tantos quantos sãos virtudes necessárias ao aperfeiçoamento de
cada um. As três mais importantes são a Fé, a Esperança e a Caridade, alí
simbolizadas pela Cruz, a Âncora e o Cálice.
ESPADA
Acessório
muito usado nas cerimônias maçônicas, geralmente como símbolo do poder e
autoridade, e emblema dessipador das trevas da ignorância. Nas reuniões de
banquetes ritualisticos, é o nome que se dá à faca. É usada como jóia do
Primeiro Experto, Cobridor Interno e Externo.
ESPADA FLAMÍGERA
A que tem a lâmina
ondulada, qual lingua de fogo serpentino. É usada pelo Venerável Mestre como símbolo
do poder criador do G.·.A.·.D.·.U. Ao seu triplo tinir com os golpes do melhete
(simbolo da autoridade, de que o Venerável se acha investido pela constituição
maçônica), é o recipiendário iniciado e admitido nas flieiras da Ordem. Em
alguns países latinos é também usado pelo cobridor que assim guarda o Templo
qual queribim a “guardar o caminho da árvore da vida” Geneses 3:24)
ESQUADRO
Um dos símbolos
mais usados, que, junto ao compasso, representa o emblema mais conhecido dos maçons.
Simboliza a Equidade, Justiça e Retidão, e constitui a jóia do cargo de venerável
Mestre, porque este deve ser o maçom mais reto e justo da Loja.
Em conjugação com
o compasso, que representa Deus, ou o Eu Superior, para o qual deve o iniciado
dirigir constantemente suas aspirações, o esquadro substitui o quadrado para
representar o mundo, ou o eu inferior com seus desejos e paixões subjugadas e
dominadas, e recorda ao maçom que deve buscar unir-se à sua fonte de origem e
desprender-se das ilusões terrenas.
ESTRELA DE CINCO
PONTAS
Colocada no Oriente
da Loja, na parede acima da cabeça do Venerável, chama-se estrela do Oriente
ou da Iniciação. Simboliza o homem perfeito, Deus manifestando-se plenamente
no homem, o Iniciado. O Homem é um quintuplo ser: físico, emocional, mental,
intuicional, e espiritual.
ESTRELA FLAMÍGERA
A pentagonal que
antigamente tinha raios ou pontas ondulantes, tal qual ainda aparece em Obediências
inglesas e americanas é o emblema indicidual do Companheirismo. O astro que ilumina a Loja de
Companheiros, onde figura no Oriente acima do Venerável ou no Ocidente entre as
duas colunas ou ainda acima do pedestal do Segundo Vigilante, a sudoeste,
segundo o Rito Escocês.
FOGO
O mais sútil, ativo
e puro dos quatro elementos terráqueos (terra, ar, agua e fogo) é o princípio
animador, masculino em oposição à água, e fonte de energia. Nas Lojas Maçônicas
mantém-se aceso sob a Estrela Flamígera, onde o Primeiro Diácono leva a luz
aos seus Irmãos.
O fogo sagrado
jamais deverá ser soprado, para não ser poluído pelo hálito humano, segundo
a antiga tradição persa.
LETRA
"G"
Sétima letra do
alfabeto maçônico. Chama-se gimel em hebreu. Em geral significa Geometria,
Geração Glória, Grande, Grão. No grau de Companheiro é o emblema misterioso
que lhe conduz os passos e naturalmente alude a Geômetra (Deus)
LUVAS
Tem sido usado
pelos maçons como marca de distinção e pureza. Depois de sua recepção, o
Aprendiz recebe dois pares de luvas brancas, dos quais um se destina a ele e o
outro “à dama que mais ele amasse”.A Luva branca recebida no dia de sua
iniciação, tem como objetivo lembrar os compromissos assumidos pelo maçom.
MALHO
É a ferramenta de
trabalho do Aprendiz, para alegoricamente, desbastar a pedra., ou educar a
agreste e inculta personalidade para uma vda ou obra superior. O malho simboliza
a vontade, energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessário para
vencer e superar os obstáculos.
NÍVEL
É a jóia móvel
usada pelo Primeiro Vigilante das Lojas Maçônicas simbólicas ou azuis.
Representa a igualdade e e está em relação com o enxôfre e a coluna Jachim.
PAVIMENTO DE
MOSAICO
Ornamento do centro
das Lojas composto de ladrilhos brancos e pretos. Simbolizam seres animados e
inanimados que decoram e ornamental a criação, bem como o enlace do espirito e
matéria, da vida e forma por toda a parte, a união dos maçons do globo,
apesar de suas diferentes cores climas e opiniões particulares.
PEDRA BRUTA
A pedra bruta dos
maçons corresponde à matéria-prima dos hermetistas. Simboliza a personalidade
rude do Aprendiz, cujas arestas ele aplana, e que le cabe disciplinar, educar e
subrdinar à sua vontade.
PEDRA CÚBICA
Depois da pedra
desbastada pelo Aprendiz, o Comanheiro, com o auxílio do esquado, nível e
prumo, torna- a a polida em forma cúbica. Desde os velhos tempos o cubo
perfeito simboliza os seres angelicais, a alga de configuração emotiva e
harmoniosa.
Isso significa a
evolução do Companheiro até chegar ao estágio de Mestre.
RÉGUA
A régua é o símbolo
da Retidão. Representa a boa administração do tempo que deve ser divido no
auto conhecimento, meditação, estudo e repouso.
ROMÃS
Emblemas que coroam
as colunas J e B dos templos e cujos grãos significam prosperidade e
solidariedade da família maçônica.
TROLHA
É adotado pela Maçonaria
como instrumento simbólico com a qual se aplica a argamassa humana destinada a
realizar a unidade. Tal qual o pedreiro cimenta as várias pedras para formar um
todo que é o edifício.